Instruções do Exame

MAGNÉSIO URINÁRIO 24 HORAS

Instruções para paciente

Exame de urina de 24 horas.

Retirar no Laboratório frascos para a coleta de urina de 24 horas.

REALIZAÇÃO DA COLETA: Desprezar a primeira micção da manhã, anotar o horário de início, a partir da próxima micção, armazenar em frasco apropriado toda a urina até o mesmo horário em que foi desprezada a primeira urina, no dia seguinte, este será o horário do término da coleta. A amostra deverá ser armazenada tampada e refrigerada durante todo o intervalo da coleta.

INTERPRETAÇÃO DO EXAME:
É o quarto mais abundante cátion no organismo e 1% está contido no líquido extracelular. Atua como um co-fator essencial para enzimas ligadas à respiração celular, glicólise e transporte transmembrana de outros cátions (cálcio e sódio).
INDICAÇÕES: Avaliação de distúrbios hidroeletrolíticos (normalmente associada a hipocalcemia e hipopotassemia), alterações da absorção intestinal, pancreatite, insuficiência renal e monitoramento do tratamento com magnésio durante a toxemia gravídica. Os níveis de magnésio devem ser avaliados durante o tratamento de longa duração com medicamentos que diminuem os níveis deste elemento como a cisplatina, anfotericina B, aminoglicosídeos e furosemida. Também deve ser avaliado na suspeita de hipoparatireoidismo, já que sua deficiência está relacionada à diminuição da secreção e ação do paratormônio.
Na presença de hipomagnesemia, sintomas neurológicos e gastrointestinais nem sempre são acompanhados de dosagens baixas de magnésio sérico. Níveis normais ou apenas marginais podem ser detectados em pacientes sintomáticos. Nestes casos a determinação do magnésio intraeritrocitário ou magnésio urinário apresentam maior sensibilidade.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA: Dentre as causas mais comuns de diminuição do magnésio estão o alcoolismo agudo, as perdas gastrointestinais (uso abusivo de laxantes e vômitos) e as perdas renais (diuréticos, necrose tubular, acidose tubular renal). A hipomagnesemia pode causar hipocalcemia e hipopotassemia, que levam a sintomas neurológicos e eletrocardiográficos, que ocorrem quando a depleção de magnésio chega a um nível sérico em torno de 1,0 a 1,2 mg/dL. Deficiências severas estão ligadas a disfunções neuromusculares, como tetania, convulsões, fraqueza, irritabilidade e delírio. Níveis baixos de magnésio, após um infarto do miocárdio, podem indicar um mau prognóstico. A hipermagnesemia tem como causa mais comum a iatrogenia (antiácidos contendo magnésio, enemas com magnésio, intoxicação por lítio, nutrição parenteral) e a insuficiência renal aguda ou crônica. Os efeitos adversos aparecem com valores superiores a 3,0 mg/dL. O magnésio sérico pode permanecer normal mesmo quando existe uma depleção de até 20% das reservas corpóreas.
Níveis aumentados de magnésio na urina ocorrem no alcoolismo, como uso de diuréticos, na síndrome de Bartter, na glomerulonefrite crônica, no hiperaldosteronismo e durante a terapia dom determinadas drogas como ciclosporina, tiazídicos e corticosteróides. Níveis diminuídos podem ser encontrados nas dietas pobres em magnésio, em doenças que cursam com mal absorção do mineral e quando há decréscimo da função renal.

Data da atualização: 24/08/2022.